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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Artigo- Confidencial: somente ler em janeiro de 2011

Autor: Marco Antonio Ozeki Saravalle


Estamos começando o ano com algumas lições aprendidas no mercado de capitais que deverão servir para a construção de nosso prognóstico para os próximos períodos.

Começando pelo cenário externo: os Estados Unidos não conseguiram ficar muito tempo fora do radar do investidor e chamaram (novamente) a atenção do mundo. Contudo, é só para aparecer, por que lá não tem inflação, não tem emprego, não tem muito ânimo, enfim, nada para “animar a festa”. A Europa ou “o velho continente”, como queiram, deve ficar somente nos livros de história. Até que a crise financeira européia chegou a assustar os investidores no meio do ano, mas deixou claro que o problema é deles, e ninguém mais quer esse abacaxi.

Já os novos tijolos (BRICs) continuam subindo, sendo agora o muro de arrimo de um possível escorregamento da economia mundial. Começando lá do outro lado do mundo, onde eles têm um estranho hábito de dormir quando estamos com os mercados abertos, acompanhamos um cenário mais acomodado, mas ainda otimista. Para este ano, o dragão asiático vai continuar demandando muita commodity (sobretudo, brasileira).

Por aqui, só boas notícias: a inflação ficou dentro da meta e as taxas de juros reais (descontada as taxas de inflação) continuam em patamares historicamente baixos. Cada vez mais, temos mais trabalhadores com carteira assinada, maiores salários e perspectiva de continuar melhorando. As eleições não trouxeram surpresas, assim como as altas temperaturas desse verão. A transição de governo foi tranqüila e as principais diretrizes para o mercado de capitais e para o desempenho dos principais ativos vão continuar na mesma toada.
As principais ações listadas na bolsa paulista continuam muito atraentes, com múltiplos abaixo da média histórica e de seus pares mundiais. Associam-se também ao elevado potencial de crescimento, seja via resultados operacionais ou aquisições. Estamos passando por um (novo) período de oportunidades, e grande parte delas, estão (ou vão passar) pelo mercado de capitais. Vamos aproveitá-las.


Observação pré-leitura: Analistas e investidores possuem uma, dentre outras, característica em comum: são seres curiosos. Sabendo disso, já era de meu conhecimento que os leitores iriam começar a leitura antes do período recomendado.

Publicado na revista Razão de Investir de setembro de 2010